Como Permanecer Famoso No Instagram Veloz

Estilista Da Hermès Defende Elegância Clássica E Legado Da Grife Para Vida Real

Foi minha avó que veio com a lição: menina, nunca dê audiência a adversário. Com isto, altiva, ela me aconselhava a nem ao menos discutir de gente desagradável, muito menos de tópicos que mereciam ser soterrados no esquecimento. E reproduzi o ensinamento a todo o momento que pude, até no meu jornalismo. Ora, teu tempo, leitor, é precioso.

Deveria consumi-lo com o que pode funcionar para a tua existência em vez de gastá-lo marretando o que não dá certo. Hoje, todavia, contrariando essa sabedoria, resolvi oferecer uma colherzinha pro chá de graviola. Já ouvir comentar dele? Visto que não deveria nem sequer doar ouvidos. Dizem que esse chá faz maravilhas, isso e mais aquilo.

Porém, deixe-me dizer, sua função mais propagada seria combater o câncer. E aí, covardia, o estrago que podes fazer de gole em gole é enorme. Foi a nutricionista especializada em plantas medicinais Vanderlí Marchiori, nos dias de hoje presidente da Agregação Paulista de Fitoterapia, que soprou a opinião do assunto quando conversamos sobre o hibisco para esse web site. Ela então me perguntou se um dia eu objetivava alertar a respeito do zunzunzum em torno da graviola.

Voltamos a nos falar, já que o tal dia chegou. Todos os anos, no Brasil, surgem mais de 600 mil novos casos de câncer. É uma multidão acometida com a doença, que se torna mais e mais comum até em consequência a do envelhecimento da população. E essa gente toda — o que é tremendamente notório — procura cada processo para auxiliar no tratamento.

Em seus labirintos da ansiedade, uma saída acompanhada do adjetivo “natural” ganha um apelo danado por não transportar teoricamente prejuízos. O chazinho de graviola entra deste saco. Contudo, de inocente, não tem nada. Começa por aí: pra algo funcionar contra uma doença dessas, teria de ser um remédio, digamos, bombado.

Medicamento não é fruta madura caindo do pé que, se devorada com excesso ou fora de hora, no máximo provoca uma angústia de barriga no descontente. A toda a hora tem efeitos adversos. É uma questão de pesar custos e privilégios. Remédio à base de plantas ainda é medicamento. Precisa de orientação e muito cuidado.

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Não vale sorver chazinho esperando a cura de qualquer coisa como quem beberica água visto que, se o tal chazinho cura mesmo, é sinal de que você está tomando medicamento de guti guti. E no caso do chá de graviola — ah, que engano… — nem isso. O chá de graviola nem sequer faz cócegas em um tumor. É, imagino, uma decepção… No mundo da ciência, ocorre, fazer o quê! Todavia aí é que está a desarrumação dos tempos modernos: tudo é permanente enquanto dura nas redes. Os cientistas sabem que a família da graviola — a Annonaceae, como preferem os botânicos — é lotada de substâncias chamadas acetogeninas. Guarde este nome. Realizam parte desse grupo aquelas frutas com a polpa branquinha e cremosa cerca de inúmeras sementes, guardadas em uma casca verde, durinha, que não obstante se abre sem o menor vigor das mãos quando estão maduras.

A fruta-do-conde é uma prima da graviola, por exemplo. Em matéria das tais acetogeninas, as folhas da gravioleira parecem mesmo imbatíveis. Daí todo o mito do chá feito delas. Que presumivelmente ajudaria a afastar o câncer. Aparentemente. Pego o fio desta meada para você compreender: nas lâminas dos laboratórios, as acetogeninas da graviola arrasaram, sim, com células de câncer. Atacaram com rapidez fascinante demonstrações malignas de pulmão, de cólon e de glóbulos brancos doentes, inconfundíveis da leucemia.

Todavia tudo ficou por aí. Uma coisa é associar células e candidatos a medicamentos em vidrinhos. Outra é o vamos-acompanhar do corpo humano. O efeito das folhas da gravioleira não se repetiu nem ao menos em ratinhos de laboratório, que seria a etapa posterior pela trajetória clássica que leva a um novo remédio.

Porém, muito pior, os estudos não foram adiante por causa de surgiu o cheiro da fumaça: as acetogeninas da graviola isoladas em extratos são suspeitas de degenerar células nervosas, levando ao desenvolvimento do mal de Parkinson. É o que os cientistas observam em habitantes das Antilhas francesas, que consomem com periodicidade este extrato natural.